Hoje é dia de Reis. A celebração dos três reis sábios do Oriente que humildemente se ajoelham perante uma criança. Os homens que, apesar do seu poder, quer como reis, quer como detentores do conhecimento, não duvidam em se inclinar perante Jesus menino e lhe ofertam o ouro, a mirra e o incenso (Mateus 2: 1-12).
Adoração dos Magos (1481/82) - Leonardo da Vinci - Mosteiro de S. Donato de Scopeto, Florença
Esta passagem do Evangelho contém uma enorme beleza pois estes poderosos se alegram perante o sinal da estrela que indicam onde está Jesus, se alegram por encontrarem o alvo das suas buscas: o filho de Deus, não importando que Ele seja apenas uma criança numa humilde casa. E na sua alegria são generosos.
Quantos de nós, cristãos, somos como estes sábios? Quantos de nós somos capazes de reconhecer Jesus no mais humilde dos nossos irmãos, em especial naquele que a sociedade ou nós mesmos mais desprezamos?
E quantos de nós somos generosos? Quantos de nós temos um verdadeiro coração desprendido dando de nós mesmos, seja em bens materiais, sejam em tempo, seja em disponibilidade? Generosidade para com Deus e para com a Sua Obra, generosidade para com os nossos irmãos.
E quantos de nós damos verdadeiramente ouvidos à sabedoria divina e mudamos os caminhos da nossa vontade, para seguirmos a vontade de Deus?
Logo no início do ano litúrgico toda uma série de interrogações suficientes para lançarmos um grande propósito de vida para este começo: trazer Jesus para centro das nossas vidas e em cada dia O adorarmos, como fizeram estes reis, que viajaram de longe, que puseram de lado as vontades dos homens, e souberam ouvir a advertência divina, entregando-se confiadamente.
